O início de "Argo" é bastante didático, com uma breve introdução sobre a história contemporânea do Irã, em uma perspectiva norte-americana, é claro. Somos apresentados ao Xá Reza Pahlavi e posteriormente ao governo revolucionário que o sucedeu, feitas as devidas explicações sobre a radicalização do regime e a violação dos direitos individuais dos iranianos. Estes primeiros momentos, inclusive, se coincidem com a história da animação "Persépolis", adaptada do quadrinho homônimo de Marjane Satrapi, outra boa referência sobre o assunto.
Feita a devida introdução sobre a história do Irã, "Argo" então parte para a sua temática principal: o processo de resgate dos seis norte-americanos foragidos na casa do embaixador canadense em Teerã, após a tomada da embaixada dos Estados Unidos pelos rebeldes iranianos. O responsável por essa empreitada é Tony Mendez interpretado pelo competente Ben Affleck (que também dirigiu o filme). Mendez é um personagem real, um agente infiltrado da CIA que tem uma brilhante ideia para salvar os seus seis conterrâneos: ele planeja a realização de um falso filme de ficção científica no Irã, com todos os detalhes possíveis para enganar o controle de fronteiras do país.
Por ser uma história verdadeira, o filme fica ainda mais atrativo, até porque é bastante inacreditável que um plano como esse tenha sido bem sucedido. Há uma grande dose de metalinguagem no roteiro vencedor do Oscar de 2013, com algumas tiradas irônicas sobre o fazer cinematográfico em Hollywood, além das tomadas nos estúdios de Los Angeles e a presença do personagem de John Chambers (lendário maquiador do cinema norte-americano). Fica claro que o roteiro optou por uma abordagem muito dramatizada da história, para criar um clímax nos momentos finais mesmo em prejuízo da autenticidade da história real. Considero que houve um pouco de excesso na vitória de "Argo" como o melhor filme no Oscar de 2013, mas não é novidade que a vitória tenha possuído uma conotação bastante política, não sendo coincidência que Michelle Obama tenha sido a pessoa escolhida para anunciar a vitória que coroou George Clooney (produtor do filme) e principalmente Ben Affleck como a estrela daquela noite. Um filme para se divertir.
Por ser uma história verdadeira, o filme fica ainda mais atrativo, até porque é bastante inacreditável que um plano como esse tenha sido bem sucedido. Há uma grande dose de metalinguagem no roteiro vencedor do Oscar de 2013, com algumas tiradas irônicas sobre o fazer cinematográfico em Hollywood, além das tomadas nos estúdios de Los Angeles e a presença do personagem de John Chambers (lendário maquiador do cinema norte-americano). Fica claro que o roteiro optou por uma abordagem muito dramatizada da história, para criar um clímax nos momentos finais mesmo em prejuízo da autenticidade da história real. Considero que houve um pouco de excesso na vitória de "Argo" como o melhor filme no Oscar de 2013, mas não é novidade que a vitória tenha possuído uma conotação bastante política, não sendo coincidência que Michelle Obama tenha sido a pessoa escolhida para anunciar a vitória que coroou George Clooney (produtor do filme) e principalmente Ben Affleck como a estrela daquela noite. Um filme para se divertir.
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